Bullying na Escola: Como evitar

O ambiente educacional nos últimos tempos passa por intensas transformações no que se refere à violência moral e física entre os estudantes.
Os atos de violência têm por objetivo intimidar e/ou agredir o outro ou um grupo, incapaz de se defender. A maioria dos alunos xingam, agridem fisicamente ou isolam um colega, além de colocar apelidos grosseiros. Tais atitudes não devem ser ignoradas pelo professor, diretor e demais servidores, pois estes vêem tal atitude como uma simples brincadeira de aluno, porém o problema é mais sério do que se imagina. Trata-se de bullying - descrito como ato de violência física ou psicológica caracterizando-se como comportamento agressivo e negativo, executado repetidamente. O bullying ocorre não só na escola, mas também na Universidade, nos locais de trabalho, na política, entre vizinhos.
Os atos de bullying são impulsionados, muitas das vezes, pela falta de conhecimento, pelo preconceito e até mesmo pela falta de respeito ao próximo, configurando-se, portanto como ato ilícito por desrespeitar os princípios constitucionais ao se tratar da dignidade da pessoa humana. Entre as formas de bullying no ambiente escolar estão:
insultar a vítima;
acusar sistematicamente a vítima de não servir para nada;
ataques físicos repetidos contra uma pessoa seja contra o corpo dela ou propriedade;
depreciar a vítima sem qualquer motivo;
a exclusão do aluno do grupo social;
a injúria;
a calúnia ou difamação;
a perseguição;
chantagem;
a discriminação;
usar as tecnologias de informação para praticar o cyberbullying (criar páginas falsas sobre a vítima em sites de relacionamento, de publicação de fotos etc);
colocar a vítima em situação problemática com alguém (geralmente, uma autoridade), ou conseguir uma ação disciplinar contra a vítima, por algo que ela não cometeu ou que foi exagerado pelo bully;
Fazer comentários depreciativos sobre a família de uma pessoa (particularmente a mãe), sobre o local de moradia de alguém, aparência pessoal, orientação sexual, religião, etnia, nível de renda, nacionalidade ou qualquer outra inferioridade depreendida da qual o bully tenha tomado ciência;
O termo Bulliyng compreende todas as formas de atitudes agressivas, físicas ou psicológicas, intencionais e repetidas, que ocorrem sem motivação evidente, adotadas por um ou mais estudantes contra outro(s), causando dor e angústia, e executadas dentro de uma relação desigual de poder. Portanto, os atos repetidos entre iguais (estudantes) e o desequilíbrio de poder são as características essenciais, que tornam possível a intimidação da vítima.
O bullying é classificado como direto, quando as vítimas são atacadas diretamente, ou indireto, quando estão ausentes. São considerados bullying direto os apelidos, agressões físicas, ameaças, roubos, ofensas verbais ou expressões e gestos que geram mal estar aos alvos. São atos utilizados com uma freqüência quatro vezes maior entre os meninos. O bullying indireto compreende atitudes de indiferença, isolamento, difamação e negação aos desejos, sendo mais adotados pelas meninas.
A existência do bullying na escola traz conseqüências negativas como baixo rendimento escolar e sentimentos de impunidade, exclusão e humilhação por parte das vítimas. Por outro lado o problema ainda é motivo de preocupação tendo em vista que, na maioria das escolas públicas das pequenas cidades não existem profissionais preparados para combater o bullying.
Falta conscientização por parte da comunidade e, em especial aos pais, capacitação por parte dos professores e demais servidores das escolas para lidar com a situação de bullying.
O Bullying já existe há muito tempo no ambiente escolar. Todavia era visto pela escola e pelos pais apenas como brincadeira de criança, porém, essa brincadeira de criança trouxe ultimamente enormes preocupações pelo fato de serem violentas em todos os sentidos, seja moral, físico ou psicológico.
Combater esse fenômeno não é tarefa simples e necessita de um conjunto de ações que visem coibir a prática. Porém essas ações só tornam-se possíveis a partir do conhecimento das atitudes, causas e consequências. Dentre os principais atos relacionados ao bullying destacamos: Agredir; amedrontar; assediar; aterrorizar; bater; chutar; discriminar; divulgar; apelidos; dominar; empurrar; encarnar; excluir do grupo; fazer sofrer; ferir; gozar; humilhar; ignorar; isolar; intimidar; ofender; perseguir; sacanear; roubar; quebrar pertences; zoar.
Vale ressaltar que o bullying se configura nessas ações, desde que elas aconteçam de forma intencional e repetida. Há várias causas para o surgimento do bullying e dentre as existentes, é importante saber que existe o fato do agressor já ter sido vítima. Por isso há a necessidade de estarmos atentos aos primeiros sinais, para que o problema não tome uma proporção descontrolada.
Diante disso a escola hoje tem os olhos voltados para a tensão, pois revela dificuldades extremas de lidar com a diferença, surge a obrigatoriedade de as escolas públicas e privadas adotarem medidas de conscientização, prevenção, diagnose e combate ao bullying escolar. Tais medidas devem ser incorporadas no projeto pedagógico da escola das unidades escolares e ao planejamento escolar, para que se saiba até que ponto o fato ocorrido é um bullying.
Uma das maiores preocupações parte da escola é com a tecnologia da informação em que são cometidos vários atos violentos contra a moral. Neste ponto é viável que os pais acompanhem seu filho em tudo o que ele faz ou fez durante o dia; corrijam suas atitudes; dê atenção, segurança e principalmente limite para que ele seja capaz de cumprir regras. A parceria pais-escola é fundamental para o trabalho de prevenção ocorrer de forma eficaz. Os pais devem procurar conversar com seus filhos, para que possam perceber qualquer alteração de comportamento. É importante que esse diálogo seja o mais informal possível, para não acuar a criança. Esta deve sentir amparada e confortável para conseguir falar sobre o assunto.
A importância do diálogo, do acompanhamento e da prevenção fazem com que os casos existentes possam ser solucionados em tempo, evitando transtornos a longo prazo. Os pais e educadores devem ter a consciência do seu papel, procurando ajuda especializada, se for o caso. Atitudes descompassadas não podem ser toleráveis, mas sim coibidas de forma responsável e comprometida.
Quanto à escola, esta deve ter em seu quadro de pessoal um Psicopedagogo, o qual trabalhará junto com o agressor ou a vítima de Bullying, e que este trabalho seja acompanhado pela direção da escola e principalmente pela família. O trabalho com a família é de certa forma difícil, sendo que esta sempre apresenta certa resistência em acreditar que o filho fez algo de errado.

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